Nunca considerei meus textos como poesia, pra mim sempre foram apenas... textos! Acho que não tive um contato agradável, confortável com poesia, talvez por conta das poesias que fomos obrigados a ler no colégio, que sempre me pareceram tão... distantes. Não gosto de falar de mim, mas o fato é que eu não sou (ou não era?) um cara muito sentimental, e quando lia poesias, e quase todas as que líamos eram, de amor romântico, inatingível, sofrido, ou mesmo de qualquer outra forma de amor, eu torcia o nariz, pois, a bem da verdade, eu não me identificava com nenhuma... Hoje sou mais aberto a essas formas de se expressar, até às mais românticas e sofridas e inatingíveis. Mas algo que realmente me marcou recentemente, foi ter descoberto os poemas dos autores Beat americanos, a liberdade do estilo, e ao mesmo tempo a fidelidade ao estilo, por mais contraditório que possa parecer... a fluidez e o desprendimento das fórmulas, realmente me impressionaram...
Não vou dar grandes explicações sobre a Geração Beat e o que caras como Kerouac, Ginsberg, Corso e Burroughs, entre muitos outros, representaram para a literatura e a cultura (pop ou não) e contracultura como as conhecemos hoje...
Vou apenas postar um poema de Gregory Corso, que fala por mim e por si só...
I Am 25
With a love a madness for Shelley
Chatterton Rimbaud
and the needy yap of my youth
has gone from ear to ear:
I HATE OLD POETMEN!
Especially old poetmen who retract
who consult other old poetmen
who speak their youth in whispers,
saying : --- I did those then
but that was then
that was then ---
O I would quiet old men
say to them: --- I am your friend
what you once were, thru me
you'll be again ---
Then at night in the confidence of their homes
rip out their apology-tongues
and steal their poems.
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