15.12.07

La la la...

Como quem não sabe de nada, não viu quem foi, nem quando, nem como, nem onde e porquê, venho aqui dizer que voltei, abandonei Curitiba e estou de volta à Itajaí, motivos profissionais, pessoais, psicológicos e econômicos, tudo junto, sem fazer o menor sentido, o tempo todo.
Daqui a pouco eu volto... ou não...

25.9.07

Filmes Recentes

Bom, este blog chama-se Sétima Arte, certo?

Segue aí uma curta análise dos últimos filmes que assisti:

Pickpocket - Dir.: Robert Bresson - Filme francês de 1959, conta a história dum cara que começa a bater carteiras nas ruas de Paris, se mete em várias confusões, degradação moral e o escambau... Destaques: A atriz que vive o interesse amoroso dele, linda de doer... A edição, caraca, puta trabalho de edição animal!!! mto loco, a hora que ele começa a bater carteiras e roubar relógios com uns comparsas, e a câmera fica trocando de um para o outro mto rápido, tesão! * * * * (4 estrelas em 5) - Para ver e rever.

Napoleon Dynamite - Dir.: Jared Hess - 2004 - Comédia sobre um moleque retardado, nerds que só se fodem e no final mandam bem, bordões (Vote for Pedro, Gosh!), piadas sem noção, mas bem engraçadas. Praticamente um filme do Wes Anderson (Os Excêntricos Tennembaums, A Vida Aquática de Steve Zissou) para adolescentes. * * * e 1/2 em 5 - Vale a pena dar dinheiro pra locadora (Max, se eu bem te conheço, tu vais gostar desse bem mais do que eu gostei...)

Interlúdio (Notorious) - Dir.: Alfred Hitchcock - 1946 - Cary Grant, Ingrid Bergman, num daqueles filmes de espionagem do velho Hitch que tem o charme extra de ser ambientado no Rio de Janeiro, além disso é o filme do Hitchcock preferido pelo François Truffaut. Conspiração nazista, Ingrid Bergman, charme, cinismo, McGuffins. * * * * * em 5 - Fodástico + Para ver e rever

Querida Wendy (Dear Wendy) - Dir.: Thomas Vinterberg - 2005 - Roteiro do Lars Von Trier, ou seja, crítica à sociedade americana, neste caso à sua obsessão por armas de fogo. Losers que deixam de ser losers depois de adquirir uns revólveres antigos, criam um clube secreto onde podem declarar amor a seus brinquedinhos, porém juram jamais usá-los, fábula adolescente, tensão, medo, e a certeza de que o clímax virá com um tiroteio. Quase te convence da idéia de que pacifistas carregando armas tornarão o mundo um lugar melhor. * * * * * em 5 - Fodástico!!!

Também assisti Guerra dos Mundos (War of the Worlds) do Spielberg e Superman Returns do Brian Singer, mas esses eu me abstenho de comentar.

Cheers!

3.8.07

Terapia

quebra-cabeça
pega aquela peça de quina
a primeira que entra
sempre a mais fácil de encaixar

3000 peças
singulares
minha mente primitiva
já não sabe mais

Era um avião?
uma águia?
ou o Mao Tse Tung?

Compara com a tampa da caixa
vibra!
mas a dor não passou

29.7.07

Feirinha

Hoje fui na Feira do Largo da Ordem, aqui em Curitiba.
Comprei um livro com histórias das 1001 Noites pra irmã caçula, que completará 7 anos na sexta-feira, ela está começando a se alfabetizar e a moça que vendia os livros recomendou esse, eu também gostei, pois, pelo que me lembro, as histórias das 1001 Noites não são tão bobinhas como a maioria das histórias infantis, e minha irmã é um foguete, muito esperta, achei que combinaria mais com ela...
Pra mim, comprei um livro de poemas do Pablo Neruda, faz tempo que eu queria um livro só de poemas, e faz tempo que eu queria conhecer melhor a obra dele. Já li um trecho de poema aqui, outro ali, mas não há nada como ler um livro inteiro pra entender (ou pelo menos achar que entendeu) o que faz de um autor, um grande autor, como o Neruda é reconhecido no mundo inteiro.
Comprei também um par de luvas pretas de lã e um cachecol marrom/cinza (aqui tá muuuuuito frio!), além de alguns incensos, pra dar aquela aliviada no ambiente do cafofo... hehehe
Essa feira é tradicional aqui de Curitiba, é bem grande e conta com várias barracas de artesanato, roupas, acessórios e pinturas. Hoje, na feira, vi um grupo formado por senhores de idade mais avançada cantando umas serestas antigas, o grupo contava com 2 cavaquinhos, 1 pandeiro, 1 violão, 1 saxofone e um vocal, tudo muito legal, animador até... O engraçado é que todos tinham um porte muito distinto, bem velha guarda mesmo, e de repente parou um senhor ao meu lado - certamente da mesma década do mais velho dos membros do grupo, o cantor, pois já parou pra assistir acompanhando a música - a graça é que ele, ao invés de trajar terno, roupa social, como os senhores do grupo, trajava uma jaqueta esportiva dessas de motoqueiro, tinha o cabelo pintado, a maior panca de vovô-garotão. Não sei porquê, mas acho que me identifico mais com os seresteiros...

Cabô!

Finalmente acabou o Pan.
O país volta agora à sua programação normal.
Vivas ao desempenho dos nossos atletas! Viva!
Vivas à impunidade (tão certa quanto a morte e os impostos) pelo dinheiro público mal empregado! Vi.. ahn?
Só estou curioso pra saber quando começam as investigações, será que eles esperam passar o 7 de Setembro? Natal? Ano Novo? Ah, já sei! Depois do Carnaval?!

27.7.07

Sétima o quê?

Caramba! Agora que percebi, num blog batizado por mim de Sétima Arte, escrevi um post sobre "O Cara".
Estou estupefato, chocado, imensamente decepcionado comigo mesmo.
Sorry, kids...

26.7.07

O Chato

Tenho uma mania, um certo hábito de não assistir filmes que eu sei que não vou gostar. "Pô, mas como tu vai saber sem ver?" vocês me perguntam. Calma, meus caros e imaginários leitores, calma.
Muitos fatores servem pra indicar um filme ruim, por exemplo: O trailer, o diretor, os atores, a sinopse, etc...
Claro, às vezes, um trailer ruim, um diretor e/ou atores medíocres ou desconhecidos e uma sinopse infeliz, podem enganar, ou apenas dizer meia-verdade, e no fim, posso perder uma obra-prima ou pelo menos uma experiência prazerosa, mas a verdade é que quase sempre estou certo. E não foi surpresa nenhuma, quando ontem, tive o desprazer de ignorar meus instintos e insisti em assistir até o fim uma obra-prima do clichê, um espetáculo de obviedades, um desfile de estereótipos, o pífio "O Cara".
Dirigido por uma ameba qualquer, com "atuações" marcantes de Samuel L. "I wish I was Morgan Freeman" Jackson e Eugene Levy e com piadas batidas, requentadas e trituradas em liquidificador, esta "comédia" conseguiu arrancar uma única risada mim em cerca de 2 horas de filme. Uma. Só uma. Confesso que já assisti coisas piores, as quais prefiro nem lembrar, acho que nem consigo, foram experiências traumáticas que meu cérebro resolveu trancafiar num baú bem escondido e jogar a chave fora, mas ô filminho ruim!
Por que fiz isso? Porque eu me odeio, e depois de muita insistência de alguns amigos (que amigos, hein?!), que exaltavam o humor desse filme, acabei cedendo e como o filme me foi emprestado, resta o consolo de não ter pago para assistí-lo...
Dito isto, concluo: Não vou assistir Transformers, ok?!?

PAN, PAN, PAN-PAN...

Não, esse não é um post ufanista. Não, não vou exaltar as glórias dos nossos atletas. Sim, fico feliz por todos eles, inclusive os que não ganham medalhas, acho que são um exemplo pro nosso povo. Vou além, eles não merecem o povo desse país.
Aqui todo mundo gosta de reclamar da vida, dos políticos, dos governos, dos funcionários públicos, da polícia, dos médicos, dos advogados, dos professores, dos vizinhos, etc... O Brasil é o país do povo que só sabe enxergar defeitos nos outros, nunca em si. Atletas, reclamam também, mas lutam, agem, correm atrás do prejuízo, tentam superar os seus limites, não impôr limites aos outros.
As vaias constantes contra os nossos adversários são a maior prova da mediocridade desse povo, que não acredita que seus atletas tenham condições de ganhar os jogos sem uma "ajudinha" da torcida. É lindo ver num evento esportivo a torcida cantando: "Eeeuu sou brasileiroooo, com muito orgulhooooo, com muitoamoooooooor!!!", mas quando no segundo seguinte eles vaiam o adversário, chega a dar nojo! mas não são só as vaias que me indignam, por exemplo, no caso do Judô, a torcida tinha o direito de ficar inconformada com a derrota, eu mesmo acho que a cubana merecia ter sido punida antes da brasileira, mas jogar coisas nos juízes, foi deprimemte. O detalhe é que, uma boa parte dos que assistiam lá era formada por judocas, e tem mais, o primeiro evento esportivo de nível internacional que vai rolar no Brasil após o Pan, é justamente o campeonato mundial de Judô... É muita burrice!
Assim seguimos nessa toada, atletas de ponta só recebem algum reconhecimento quando aparecem na Globo, até porque os demais canais só dão destaque pra eles depois da validação do canal dos Marinho. No mais, os ídolos desse povo são sempre os mesmos, cantores sertanejos, cantoras de axé, jogadores de futebol (cada vez menos merecedores de qualquer forma de reconhecimento), sem contar com os semicéfalos saídos de Reality Shows...

Esse post foi inspirado pelo artigo abaixo:
Quanto ao título: Imaginem uma marcha fúnebre!

20.7.07

A Juventude é uma Banda...

Sempre quis ter uma banda. Sempre me faltaram os talentos necessários (sou desafinado e minha coordenação para tocar qualquer instrumento é nula...). Faltaram também a dedicação para aprender a tocar e/ou cantar e a cara-de-pau de fazer algo assim. Mas isso não me impediu de cometer esses híbridos de música/poema, alguns acho que são decentes, como esse abaixo, que até gerou uma melodia na minha cabeça...
Agora um amigo-irmão meu se propôs a aprender a tocar violão. Depois de tantos anos falando, agora ele decidiu "Vamos montar uma banda!". Pelos meus cálculos, lançaremos nosso primeiro sucesso mais ou menos quando estivermos velhos demais para o roquenrou...
mas se rolar, o sexo e as drogas que me aguardem!!!

You Closed Your Eyes

You closed your eyes
I thought you were only joking
but then the darkest mood took over
'I'll just show myself the way out'
It's nothing new to me
Sometimes I just choose not to see
It's so much easier this way

I didn't even bother calling a cab
that was not the most inviting hour
certainly not the shiniest side of the town
I didn't really care
It'd be such a relief to go down
I was already down
and out

Dirty looks on dodgy fellas
High heels on hairy legs
You could've treated me so much better
then the thought speared my mind
'That's what I should tell her!'
Oh, now I miss the second before that
when my mind was still just a bit scared
but clear enough to just want to go home

I should've gone home
but I found myself knocking at your door
screaming for another chance
just one more
I could've made you laugh
but instead I chose to make you deaf
I tried to keep you interested
but you ended up asking me to leave
twice
and then
You closed your eyes

5.7.07

Tampa anti-eu

Fui tomado pela dor
do remédio
tomei a dosagem recomendada por veterinários
para elefantes

Que maravilha
quisera eu ter feito isso antes
evitava a dor
e os impostos
e os veterinários

Acordei
já no banheiro
tentando pensar
concluí:
Aspirina filha da puta!

29.6.07

Sufoca, vai!

Os dois posts abaixo, foram tentativas de dizer umas coisas que eu me arrependeria depois, então escrevi outras, meio que nada a ver, mas meio verdadeiras também... Bom, pelo menos acho que surtiu o efeito desejado, pra mim o desabafo foi feito, mesmo que só eu entenda.

Capice? Nem eu...

Aperto

As horas se alongam, mas o MEU tempo encolhe.

27.6.07

Salve, simpatia! (Campanha Vote em Mim! Parte I)

Então, até que me considero um cara simpático. Duvida? Eis algumas evidências:
  • Dou "bom dia" às pessoas que me atendem em lojas, restaurantes, supermercado, etc. Tá, podemos argumentar que isso é o básico da boa educação, mas eu faço isso até pra atendentes de telemarketing!!! Afinal, alguém tem que compreender suas mazelas...
  • Há pouco mais de uma semana morando em Curita, ouvi da Dona Ana (zeladora do prédio) que ela conversou com a proprietária do imóvel e disse que eu sou um rapaz muito bom e que ela me quer muito bem (whatever that means...).
  • Mesmo com toda a suposta frieza dos curitibanos (descritos assim pelos próprios...) consegui fazer um razoável número de amigos aqui, amigos de jogar sinuca, futebol no sábado e de convidar pra ir na festa junina da família.
Enfim, diz aí! Sou, ou não sou, simpático pacas?

15.6.07

Eu sonho...

Eu sonho, às vezes demais, ou nunca é demais sonhar?

Quero ser diretor de cinema, talvez roterista, quem sabe editor... tá, tudo bem, aceito uma vaguinha de ator principal no próximo filme do Martin Scorsese, talvez do Paul Thomas Anderson, quem sabe do David Fincher?!?! Mas tenho que contracenar com a Meryl Streep, ou com a Julie Delpy, putz, tá, Natalie Portman e não se fala mais nisso! Mas quando eu for aceitar o Oscar, ou melhor, o Leão de Prata, ou se insistirem, a Palma de Ouro, eu vou acompanhado da Eva Green, ou pode ser da Jessica Biel, ahhh, como eu sei que ela vai insistir, tudo bem, eu vou com você Gisele...

PUFFFF!!!

12.6.07

Ausente

Faz muitos meses que escrevo muito pouco. Talvez faça um ano já.
Às vezes me acho um cara tão duro. Tão seguro de minha auto-suficiência. Termino um semi-relacionamento. Não choro. Não brigo. Faço pouco caso. Logo, já estou com outra. Ou estou com todas.
Mas após muitos meses sem escrever, sou obrigado a reconhecer: Como é bom estar apaixonado. Quanta inspiração eu tinha. Mais. Vontade mesmo. Vontade de parar o que quer que eu estivesse fazendo para pensar nela. Pra escrever sobre ela, sobre nós, sobre o amor. Necessidade. Urgência de registrar um pensamento, mesmo que fosse clichê, chavão, bobo e até melodramático.
Agora, só, penso, até inspiração eu tenho, mas falta a vontade de registrar. Crio mas não extravaso.
Faz meses. Talvez um ano.

1.6.07

Novos ares

Então, faz 1 um mês e 1/2 que estou morando em Curitiba.
Não estava mais aguentando o que eu estava fazendo, não estava mais aguentando morar com minha mãe, não suportava mais a faculdade, meus relacionamentos estavam, hoje eu reconheço, uma verdadeira bosta!
Agora estou aqui, surgiu uma oportunidade profissional (que financeiramente chega a me deixar numa enrascada maior do que a que eu já enfrentava), assumi os riscos, estou enfrentando as consequências e acho que tomei a decisão certa, talvez a mais certa que eu já tenha tomado.
Foda viver numa cidade onde sempre tem algo de legal acontecendo, e não poder participar de praticamente nada, mas é isso aí, o projeto é pro futuro, o projeto é apanhar mesmo. Trupico na vida agora, pra ficar mais forte e preparado, daqui a pouco levanto, sacudo a poeira e forro o bolso de dinheiro e a cabeça de boas idéias, experiência tem que servir pra alguma coisa, certo?
Enfim, não sei se vou voltar a blogar, não sei se alguma vez já bloguei (ui!)...
Se der vontade, e a preguiça der trégua, escrevo umas porcas e mal acabadas linhas aqui, como sempre/nunca.
Um abraço pro gaiteiro!